Antigo Marketing Vs. Novo Marketing


Postado em 13 de fevereiro de 2012 por Leandro Borges

Nas duas últimas semanas realizamos uma pesquisa sobre as características mais importantes para um empreendedor de sucesso e tivemos como principal resposta o conhecimento técnico da execução do negócio.
Esse resultado é especialmente interessante, pois ele expõe uma crença ainda presente e provavelmente ultrapassada de marketing, principalmente se tratando de novas empresas. Por isso, irei apresentar nesse post um pouco da nossa visão sobre o assunto e como enxergamos as mudanças necessárias nas estratégias para empresas nascentes.

ANTIGO MARKETING


O antigo marketing é o marketing tradicional desenvolvido, e admirado por todos realizado, pelas grandes empresas, em especial, as internacionais. São estratégias de massa de empresas mais maduras que já possuem extenso conhecimento do seu mercado e muita verba para investir. O quadro abaixo resume o cenário:



















Quando eu falo de grandes empresas, estou falando especificamente do momento do estouro das mídias de massas a partir da década de 50 com a popularização de eletrodomésticos e a justificativa de libertação da mulher. Falo do momento lindamente retratado no seriado “Mad Men”.
Neste período da história mundial, as indústrias proliferavam com novos produtos e ditavam o que os consumidores teriam acesso ou não. Acontece que isso era uma negócio tão bom que muitas e muitas empresas surgiram tornando o mercado hipercompetitivo que resultou em um aumento substitancial do poder de escolha dos consumidores.
Por essa razão, hoje o marketing antigo já não consegue atender as demandas cada vez mais específicas e segmentadas do mercado. Um produto desenvolvido de “dentro para fora” acaba não achando um bom mercado e não respondendo aos mínimos desejos do cliente, que vai poder facilmente buscar um concorrente, seja local ou seja à 10.000 km de distância.

NOVO MARKETING


O novo marketing é o marketing que precisa ser feito pelas empresas nesse novo século. Esse é o marketing da empatia, da identificação, da relevância de conteúdo útil para o cliente e engajamento acima de tudo. É um marketing feito “de fora para dentro”, através de exercícios de aproximação cada vez mais com o cliente. Marketing da web 3.0, da abertura e da colaboratividade.




No centro disso tudo, está a geração de conteúdo, preferencialmente, digital. E para isso ser bem feito, muita técnicas são utilizadas e tendências são percebidas (muitas já discutidas aqui no blog):
1. Marketing de Conteúdo
2. Modelos de Negócios Inovadores
3. Buying Persona e Mapa de Empatia
4. Social Commerce
5. Mídias Sociais
6. Marketing de Guerrilha
Neste contexto, é relevante notarmos as conclusões das pesquisas de difusão da inovação (saindo do princípio que toda nova empresa deve trazer algum tipo de inovação):
  1. Inovações são aceitas ou rejeitadas através de contato interpessoal, não por mídias de massa. 
  2. É importante focar no público que vai ser pioneiro no seu produto/serviço e não pensar no mercado de massa logo de cara. Até porque, essa não necessariamente é a melhor opção.

CONCLUSÃO:
Neste novo cenário mercadológico os métodos de produção e as tecnologias ficam cada vez mais acessíveis e baratas. Apesar do antigo marketing ainda ter o seu lugar, ele é uma realidade longingua e em muitos casos muito distante para pequenas empresas.
As ferramentas e estratégias do novo marketing são mais bem adaptadas à empresas nascentes e os empreendedores precisam conseguir mudar a sua maneira de pensar trocando o ideal de ser uma grande empresa pelo fato de estarem gerindo pequenos negócios inovadores.